Planetativo

O acidente na usina nuclear de Fukushima contaminou  com  radiação toda  a área próxima ao desastre.

O monge Koyu Abedo templo Budista Joenji compara esta poeira a uma “neve” invisível que trouxe um longo inverno para Fukushima. Os moradores tiveram que largar suas casas e não tem idéia se algum dia poderão voltar para onde suas famílias viveram por tanto tempo.

A radiação se espalhou para além da zona de evacuação obrigatória e se alojou em lugares determinados levando contaminação para o solo de uma região de várias culturas. Em muitas áreas, não foi possível plantar o arroz. Os níveis excessivos de radiação foram encontrados na carne, nos vegetais, no leite, nos mariscos e na água; e no chá em local há mais de 100km onde ocorreu o acidente com a usina nuclear.

A esperança chegou com a distribuição das sementes de girassóis que tanto elevam os espíritos das pessoas, quanto ajudam a minimizar o impacto da radiação.

Até o momento  no templo budista Joenji foram plantadas até o momento 200.000 flores e distribuíram ainda mais sementes. Cerca de 8 milhões de girassóis florescendo em Fukushima se originaram do templo.

Os girassois também foram usados nas proximidades de Chernobyl depois do acidente nuclear para retirar o cesium de lagos contaminados. Estudos revelaram que a quantidade de biomassa seca produzida pela planta é proporcional à quantidade de Radiação Fotossinteticamente Ativa Interceptada. Os cientistas japoneses estão realizando testes para comprovar a utilidade os girassóis em combater a radiação.

Enquanto os cientistas buscam a prova, os girassóis ajudam a eliminar a radiação dos vegetais na casa de Mura Akiba.  As sementes dos girassóis foram plantadas por toda a parte na proximidade do acidente, inclusive nos arrozais não utilizados.

Fonte: WEN – Reuters